sábado, 15 de junho de 2013

Resenha do livro: Diário de uma paixão

Título: Diário de uma paixão
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Novo conceito
Páginas: 244

Sinopse:  "Não sou nada especial; disso estou certo. Sou um homem comum, com pensamentos comuns, e vivi uma vida comum. Não há monumentos dedicados a mim e o meu nome em breve será esquecido, mas amei outra pessoa com toda a minha alma e coração e, para mim, isso sempre bastou." Noah Calhoun Assim tem início uma das mais emocionantes e intensas histórias de amor que você lerá na vida... O livro é o retrato de uma relação rara e bela, que resistiu ao teste do tempo e das circunstâncias. Com um encanto que raramente é encontrado na literatura atual.


Vamos à resenha: "O crepúsculo, percebi então, é apenas uma ilusão, porque o sol está ou acima ou abaixo do horizonte. E isto quer dizer que o dia e a noite estão ligados de uma tal maneira como poucas coisas estão, um não pode existir sem o outro, porém ambos não podem existir ao mesmo tempo. Qual seria a sensação, eu me lembro de ter especulado, de estar sempre juntos, porém eternamente separados?"

Dos livros que já li, do Nicholas Sparks, esse sem dúvidas é meu favorito. Não li todas as suas obras, mas acho que dificilmente alguma vai superar essa história.

Allie passa suas férias com a família em Nova Berna, uma pequena cidade no sul, onde conhece Noah, e logo se apaixonam perdidamente. Mas o que era para ser apenas uma paixão juvenil de verão, na verdade se torna um amor indestrutível, capaz de suportar o tempo, distância e circunstâncias da vida.

Allie e Noah eram diferentes. Ela vinha de família rica e queria ser artista, enquanto ele era um apaixonado por poesia que levava sua vida de maneira simples. Os dois não se importavam com as diferenças, mas obviamente para a família de Allie não era bem assim. Noah não era o tipo de cara que seria "bom o suficiente" para Allie, na visão dos seus pais.
Logo que o verão acaba, ela é obrigada a ir embora e seguir sua vida, levando a promessa que tinham feito de nunca se separar, o que se torna impossível, principalmente porque a mãe de Allie escondeu todas as cartas que Noah escreveu ao longo dos anos.

14 anos se passaram, mas nenhum dos dois nunca se esqueceu daquele verão. Às vésperas de seu casamento, com o cara considerado o ideal, Allie retorna à Nova Berna para encontrar Noah, sem saber exatamente o porquê. Após o reencontro, os dois logo se dão conta de que na verdade nunca deixaram de se amar e não seriam capazes de viver um sem o outro, não dessa vez.

Toda história é contada por Noah, já em sua velhice, por um diário escrito pelo próprio. Ele contava a história todos os dias se necessário para Allie, que com a idade, passou a sofrer pelo mal de alzheimer. Contava sua própria história na esperança de que os sentimentos e emoções trouxessem de volta as lembranças que a doença roubou. Em algumas ocasiões dava certo, em outras não. Mas quando acontecia o que ele e os médicos chamavam de "pequenos milagres", Noah podia em seus últimos dias de vida, voltar a ser o homem mais feliz do mundo.

É uma história emocionante, que em certas partes me arrancou bastante lágrimas. Uma das melhores histórias de amor que já li. Terminei em 2 dias pois é uma leitura que te prende e deixa ansiosa para saber o fim. Muito bem escrita por Nicholas, narrada de forma encantadora e com um final "feliz", até que outro dia volte a nascer...

domingo, 2 de junho de 2013

Resenha do livro: Um homem de sorte

Título: Um homem de sorte
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Novo conceito
Páginas: 349 

Sinopse: "Mas não estava em outra época e lugar, e nada daquilo era normal. Trazia a fotografa dela consigo há mais de cinco anos. Atravessou o país por ela.” “Era estranho pensar nas reviravoltas que a vida de um homem pode dar. Até um ano atrás, Thibault teria pulado de alegria diante da oportunidade de passar um fm de semana ao lado de Amy e suas amigas. Provavelmente, era exatamente isso de que precisava, mas quando elas o deixaram na entrada da cidade de Hampton, com o calor da tarde de agosto em seu ápice, ele acenou para elas, sentindo-se estranhamente aliviado. Colocar uma carapuça de normalidade havia-o deixado exausto. Depois de sair do Colorado, há cinco meses, ele não havia passado mais do que algumas horas sozinho com alguém por livre e espontânea vontade. (...) Imaginava ter caminhado mais de 30 quilômetros por dia, embora não tivesse feito um registro formal do tempo e das distâncias percorridas. Esse não era o objetivo da viagem. Imaginava que algumas pessoas acreditavam que ele viajava para esquecer as lembranças do mundo que havia deixado para trás, o que dava à viagem uma conotação poética. prazer de caminhar. Estavam todos errados. Ele gostava de caminhar e tinha um destino para chegar."

Vamos à resenha:  Essa poderia ser mais uma história de amor clichê. Uma mãe solteira, um ex possessivo e controlador que se acha o dono do mundo, um cara simples e encantador. A diferença é que, nessa história vemos como o destino pode agir de uma forma improvável sem que a gente se dê conta.
É uma história real, em todos os sentidos. Coisas que podem acontecer com qualquer um, pois tudo faz parte de um plano que foge do nosso entendimento.

(Pode haver alguns spoilers, mas nada demais, então quem ainda não leu o livro, pode continuar lendo a resenha.)

O livro é narrado na 3° pessoa e tem uma linguagem simples. Cada capítulo nós vamos vendo através do ponto de vista de um dos personagens principais, que são 3. Elizabeth (ou Beth), Logan Thibaut e Keith Clayton.

Clayton é o típico homem que me dá nojo. Ele realmente conseguiu me irritar até o fim do livro, rs. Um policial, membro de uma família "poderosa" e que acha poder controlar tudo e todos à sua volta. Não é o típico vilão realmente mau, é só um mimado tolo, que não pensa nas consequências dos seus atos.
Beth é professora e tem um canil em sua casa, o qual ela ajuda a cuidar junto com sua avó. É ex mulher de Clayton e mãe de Ben, um menino inteligente e sensível, o qual o pai nunca soube como tratá-lo.
Thibault é um ex fuzileiro naval, que resolve atravessar o país andando com seu cão, Zeus, em busca de seu destino, que ele descobre ser Beth, graças a uma fotografia. É um cara simples, atencioso, divertido, que passa confiança apesar do mistério em seu passado, que ele vai revelando através dos capítulos.

Logo de cara, enquanto Thibaut ainda estava caminhando em busca do seu destino, ele se depara com Clayton e os 2 já entram em confronto. É só depois no desenrolar da história, que Thibaut percebe que Clayton era o motivo principal para ele ter encontrado Beth. Thibauth tem uma missão a cumprir. Mas se eu contar mais, acabo revelando spoilers demais, rs.

É um bom livro. Sinceramente, não me emocionou ou surpreendeu como outros livros do Nicholas. É uma história mais "fraca" se comparada com as outras. Chega até a bater uma preguiça de ler em certos capítulos, mas depois, até que a história vai te prendendo mais. Não fez muito meu gênero, mas é uma leitura agradável e eu até recomendo. :)

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Resenha do livro: Marina

Título: Marina
Autor: Carlos  Ruiz Zafón
Ediora: Suma de letras
Páginas: 192

Sinopse: Neste livro, Zafón constrói um suspense envolvente em que Barcelona é a cidade-personagem, por onde o estudante de internato Óscar Drai, de 15 anos, passa todo o seu tempo livre, andando pelas ruas e se encantando com a arquitetura de seus casarões. É um desses antigos casarões aparentemente abandonados que chama a atenção de Oscar, que logo se aventura a entrar na casa. Lá dentro, o jovem se encanta com o som de uma belíssima voz e por um relógio de bolso quebrado e muito antigo. Mas ele se assusta com uma inesperada presença na sala de estar e foge, assustado, levando o relógio. Dias depois, ao retornar à casa para devolver o objeto roubado, conhece Marina, a jovem de olhos cinzentos que o leva a um cemitério, onde uma mulher coberta por um manto negro visita uma sepultura sem nome, sempre à mesma data, à mesma hora. Os dois passam então a tentar desvendar o mistério que ronda a mulher do cemitério, passando por palacetes e estufas abandonadas, lutando contra manequins vivos e se defrontando com o mesmo símbolo - uma mariposa negra - diversas vezes, nas mais aventurosas situações por entre os cantos remotos de Barcelona. Tudo isso pelos olhos de Oscar, o menino solitário que se apaixona por Marina e tudo o que a envolve, passando a conviver dia e noite com a falta de eletricidade do casarão, o amigável e doente pai da garota, Germán, o gato Kafka, e a coleção de pinturas espectrais da sala de retratos. Em Marina, o leitor é tragado para dentro de uma investigação cheia de mistérios, conhecendo, a cada capítulo, novas pistas e personagens de uma intrincada história sobre um imigrante de Praga que fez fama e fortuna em Barcelona e teve com sua bela esposa um fim trágico. Ou pelo menos é o que todos imaginam que tenha acontecido, a não ser por Oscar e Marina, que vão correr em busca da verdade - antes de saber que é ela que vai ao encontro deles, como declara um dos complexos personagens do livro.

Vamos à resenha: " A gente só se lembra do que nunca aconteceu"
A mais pura verdade é que, muita das vezes, realmente temos lembranças tão boas e às vezes tão distantes, que parece nunca terem sido verdadeiras. Sentimentos tão profundos que preferimos guardar só para nós, ou simplesmente fingir que nunca existiram. Mas não é possível fugir para sempre. Nossas memórias sempre nos alcançam.

Nesse livro, Zafón como sempre, tem como cenário principal Barcelona. A cidade dos malditos. (Quem já leu "O jogo do anjo" vai entender o porquê de cidade dos malditos, rs)Uma cidade que em cada ruela esconde segredos e mistérios, sempre esperando que alguém venha desenterrá-los.
Em "Marina", é o jovem Óscar Drai à fazê-lo.

Para quem já está familiarizado com Zafón, sabe bem como é difícil descrever o gênero de seus livros. Como sempre, misturando o romance, a fantasia, o macabro. Tudo em uma onda de suspense que te faz virar as páginas sem desgrudar os olhos, com muita curiosidade de saber o fim, ao mesmo tempo sem querer que acabe, de tão boa que é a história.
Em "Marina" não é diferente. Mais um de seus livros que envolvem segredos não solucionados e esquecidos a muito tempo. Que mistura passado e presente. Duas histórias em um só livro. Duas histórias que sempre acabam se cruzando.

Uma história de amor, amizade verdadeira e do quanto é difícil para os seres humanos aceitar a morte, mesmo que seja o melhor a fazer.
"O território dos seres humanos é a vida. A morte não nos pertence."

Lindo, surpreendente e emocionante. Que com certeza te arrancará muitas lágrimas no fim.

Sempre tenho dificuldade em falar sobre um livro que eu gostei muito. Parece que nenhuma palavra faz jus ao livro. Sempre me sinto assim com os do Zafón.

"Marina, você levou todas as respostas consigo".

domingo, 5 de maio de 2013

Resenha do filme: O orfanato


 Direção: Juan Antonio Bayona
 Ano/país: 2007, Espanha/México
 Gênero: Terror, suspense, drama
 Elenco principal: Belén Rueda, Fernando Cayo, Roger Príncep.

 Sinopse: Laura é uma mulher que volta com sua família para o orfanato onde cresceu a fim de reformá-lo e abrir uma residência para crianças deficientes. Uma vez no lugar, o pequeno Simón, filho adotivo de Laura e portador de HIV, começa a deixar se levar por estranhos jogos que geram em Laura uma grande inquietação, e que deixaram de ser apenas diversão para se converterem em uma ameaça. À medida que Laura e seu esposo convertem o velho orfanato na casa em que serão recebidas crianças com problemas, uma série de eventos estranhos que a afetam, e especialmente a Simón, a obriga a buscar pistas do passado da construção que uma vez foi seu lugar de criança para tratar de explicar tudo o que ocorre. A história do lugar é mais dramática e macabra do que Laura estava ciente.

Vamos à resenha: Se fosse para resumir esse filme em apenas uma palavra, essa palavra com certeza seria, surpreendente. De um jeito ótimo, aliás.
Quando eu assisti pela primeira vez, nunca tinha ouvido falar sobre o filme e achei que fosse só mais um típico filme de terror, envolvendo espíritos e casas mal assombradas. Mas não é. Não é o tipo de filme com sangue, matança e criaturas horrorosas (Pessoas medrosas, podem assistir kk). Na verdade, boa parte da trama fica mais em um suspense, porém não cansativo, sempre nos dando sustos e despertando bastante curiosidade sobre os mistérios que envolvem o antigo orfanato.

Desde que chegaram à casa, Simón diz ter feito alguns amigos, tinha um em especial que dizia se chamar Tomás. Até então, para Laura não passava da imaginação do menino, mas as coisas começam a mudar quando durante as "brincadeiras" Simón vai ficando estranho, dizendo coisas ruins e sempre jurando que a existência do amigo é verdadeira, acabando por fazer uma descoberta também. Além do fato de que 5 das 6 crianças que Simón dizia ser seus amigos, eram crianças que viveram ali com Laura durante sua infância. Com o tempo, Laura também começa a notar estranhos acontecimentos na casa, até que um dia, durante a festa de inauguração da residência (que também seria lar para crianças com deficiências), Laura nota um estranho menino usando uma máscara e percebe que Simón desapareceu.

A partir das buscas desesperadas de Laura para encontrá-lo, é que vamos mergulhando ainda mais no passado do lugar e das crianças, já que Laura tem certeza que isso seria a solução para encontrar Simón. Ela chega a buscar até mesmo ajuda de médiuns, que sem poderem fazer muita coisa, já que o marido desacreditava disso, dizem que a chave da resposta seria ela crer para ver, e não ver para crer. 
A fim de recomeçar suas vidas, seu marido propõe que se mudem da casa. Ele já estava desacreditado de que pudessem encontrar Simóm, pelo menos com vida. (Vale lembrar, que Simón era doente e não poderia sobreviver muito tempo sem seus remédios.) Laura pede apenas dois dias na casa, sozinha, para se despedir, e é a partir daí que se desenrola o final.

Se eu falar mais, vou acabar entregando o fim do filme, rs, mas deixo destaque para esse final. É realmente a grande surpresa positiva do filme, que foge totalmente dos clichês do terror. É muito bem desenvolvido, não termina "sem pé e sem cabeça" e é bem capaz de conseguir arrancar lágrimas de quem assiste.
Não, eu não sou louca quando digo que chorei em um filme de "terror". O final é realmente mais puxado para o drama. Dependendo do ponto de vista, pode ser considerado triste ou feliz, mas sem sombras de dúvida é lindo e emocionante.
Dessa forma, "O orfanato" consegue de maneira simples, te prender, surpreender e emocionar, sendo assim diferenciado da maioria dos filmes do gênero. Dando uma visão diferente ao tema espíritos, que quase sempre são tido como assustadores. Mostra que nem tudo é o que parece.

Mais do que recomendado! Eu mesma já assisti esse filme milhares de vezes e mesmo assim sempre consigo me emocionar com o desfecho. :)

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Clichê sem clichês


Só queria que você entendesse que eu não estou pronta, e me esperasse. Sei que é puro egoísmo da minha parte pedir umas coisa dessas, mas sei lá, seria só um pouquinho. Só  até eu ter certeza de que é com você que eu quero dividir a minha vida. Tudo bem, eu não me importo se até lá você quiser buscar outras pessoas, contanto que não me esqueça. Promete que não vai me esquecer?
Quero nós dois em nosso apartamento pequeno, fumando nosso cigarro e bebendo café, olhando a chuva pela janela. Quero nós dois assim, esquecendo que o resto do mundo existe, só por alguma horas. Quero me perder com você e só me encontrar no dia seguinte, ao som do despertador. Voltarmos a nossa rotina cansativa, porém nunca monótona. Ouvir você reclamando do quanto eu trabalho demais e parece até que não te amo. Aí vou te chamar de idiota e vamos resolver isso da melhor forma possível. Quero você me atrapalhando enquanto eu escrevo, me deixando irritada e ao mesmo tempo fascinada pela sua capacidade de não me abandonar. Não desistir de mim, mesmo que seja o certo à fazer, mesmo que eu peça. Quero tudo fora dos padrões, pois vamos combinar, nunca fomos de seguir algum tipo de regra. Vamos fazer da nossa maneira, vamos fazer dar certo, do modo mais improvável. Venha ser o tão clichê "amor da minha vida".
Por enquanto, só me espere. Prometo que não vai demorar para eu ser sua. Porque na verdade, acho que já sou.
(Gabriella Santos)

terça-feira, 23 de abril de 2013

Quebra-cabeça de mil peças


Me sinto ofendida quando algumas pessoas, tão irritantemente auto confiantes, acham que têm o direito de tentar me compreender. De tentar conviver comigo, tentar se apaixonar por mim. Sou complicada demais até para mim, que se dirá para os outros... Sou como uma bula de remédio. É necessário ler, porém ninguém tem paciência, e quando se consegue uma proeza dessas, você quase desiste de tomar. Aliás se eu fosse um remédio, com certeza seria um tarja preta, daqueles que só serve para os loucos. Tem que ser no mínimo louco para tentar algo comigo, ou talvez só idiota mesmo. Um dos que se encaixem no perfil de irritante, achando que pode me compreender ou até mesmo mudar-me, mas não aguenta nem um dia quando começa realmente a me ver além da aparência de garotinha normal. Não se aproximem de mim. Será que é pedir demais? Aprendi a conviver e a gostar da solidão do meu mundo particular, no qual intrusos não são bem vindos. Ei, você não é bem vindo aqui, simplesmente aceite isso. Não tente se aproximar só pra satisfazer seu ego de querer uma dose de complicação na sua vida. Não sou um jogo, ou talvez eu seja. Mas com certeza sou daqueles que quando você acha que está conseguindo decifrar, eu te surpreendo. Que você desiste antes mesmo de passar da primeira fase, e com razão. Pois é total perda de tempo.
(Gabriella Santos)

domingo, 21 de abril de 2013

A tal "pessoa certa"


O grande problema é que desapego tão rápido quanto me apego. Ou seria o contrário? Bom, o fato é que eu sinto sim. Não sou essa pessoa fria que me julgam ser, só porque não vivo tendo paixonites ou embarcando num grande romance adolescente, que acaba na primeira briguinha por ciúme ou na primeira pessoa bonita que te dá mole em uma festa. Meus sentimentos são mais intensos, são mais verdadeiros. Se vier, que venha pra ficar a vida toda, mas que por favor, seja diferente! Caso contrário, é que entra o tal do desapego. Me apaixono por você hoje, se não corresponde as minhas expectativas, não me serve mais. O chato da história é que crio expectativas demais. Minha mente imaginosa não se contenta com pouco. Não se contenta com um romance de palavras fofas o tempo inteiro, de demonstrar em redes sociais um amor que ainda não existe. Me surpreenda, porra! Eu quero mais, é um direito meu, uma exigência. Querer algo diferente, para que não termine igual. Seja a pessoa que vai me conquistar com gestos simples, porém de grande importância, que a maioria nem percebe. Seja aquele que não vai querer me mudar, e sim, gostar de mim pelos meus defeitos. Seja aquele que não vai fazer nenhuma promessa, não vai me agradar 24 horas por dia achando que isso é romântico, quando na verdade só te faz soar falso. Seja aquele que não vai dizer que me ama na primeira semana de namoro, mas vai demorar bastante a dizer isso, só vai dizer quando e se realmente sentir. Elogie minha personalidade difícil, me aceite e goste de mim assim, esquisita, porém verdadeira.
Se você não for essa pessoa, nem tente! Sou exigente sim nas escolhas que faço para mim. Aprendi a ser assim. Ouvi tanto a história do "se valoriza, menina", que aprendi a fazer isso, da minha maneira é claro. Me valorizar, para mim, é escolher aquilo ou aquele que eu acho certo e me faça bem. Como eu ia dizendo, se você não for essa pessoa, prefiro ficar sem pessoa nenhuma. Ganho mais sozinha do que mal acompanhada, no meu ponto de vista.
(Gabriella Santos)